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Vem aí o avião movido a grama

A empresa Alder Fuels anunciou que está trabalhando para criar um combustível para aviação a partir de gramíneas cultivadas para esse fim específico. Segundo a Forbes Brasil, a produção dessas gramíneas é realizada em terras não aproveitáveis para a produção de alimentos. Essas gramíneas são descritas como carbono negativo, já que “não apenas retiram CO2 do ar durante a fotossíntese (que é então devolvido à atmosfera quando os combustíveis são queimados), mas as raízes também sequestram CO2 no solo, onde permanece”. A ideia é que o combustível não apenas não prejudique a atmosfera, mas que melhore sua qualidade.

A escolha de um biocombustível para aviação é uma longa batalha tecnológica. Ainda segundo a Forbes, um quinto das emissões globais de CO2 vem do transporte. Desse total, o combustível para aviação equivale a “11,6% da pegada de carbono, ou 2,5% do total global”, muito menos do que os 15% das emissões globais do transporte rodoviário.

Mas a norte-americana Alder Fuels não é a única empresa que procura uma alternativa para o combustível fóssil de aviação. A brasileira BBF pesquisa a criação de um produto similar, mas à base de óleo de palma. Para conhecer mais detalhes sobre esse projeto, assista à entrevista com o CEO da BBF, Milton Steagall, para o OesteCast:

Revista Oeste / Foto: Divulgação Alder Fuels

Eve, empresa de 'carro voador', perde US$ 36,7 milhões

A Eve Air Mobility, empresa de "carros voadores" da Embraer, teve prejuízo de US$ 36,7 milhões no terceiro trimestre, aumento de quase 10 vezes em relação à perda do mesmo período de 2021, de US$ 3,8 milhões. O aumento de 410% nos gastos com pesquisa e desenvolvimento para aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL da sigla em inglês), que somaram US$ 14,4 milhões, justificam parte do resultado, segundo a administração da companhia, que ainda não tem receitas.

Em teleconferência realizada ontem, o copresidente da Eve, André Duarte Stein, disse que a empresa continua a desenvolver carros voadores e segue fazendo simulações, incluindo uma recentemente feita em Chicago, onde o veículo fez em 15 minutos um trajeto que levaria até 90 minutos de carro. "Isso demonstra o potencial para a mobilidade urbana em grandes regiões metropolitanas", disse Stein.

Com as contratações para desenvolver os eVTOL, a Eve fechou o terceiro trimestre com 450 pessoas. A Eve encerrou setembro sem dívidas.

No terceiro trimestre deste ano, a Eve consumiu US$ 17 milhões em caixa, um montante bem acima dos US$ 2,4 milhões gastos no mesmo período de 2021. A empresa destaca que recebeu uma injeção de recursos de US$ 15 milhões da United Airlines em setembro.

Tribuna do Norte / Divulgação/Embraer

Petrobras testa no RN nova tecnologia para medição eólica no mar

A Petrobras realiza no mar do Rio Grande do Norte os testes da nova tecnologia Bravo (Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore). Segundo a empresa, o equipamento capaz de medir a velocidade e direção do vento é essencial para análises que visem implantação de projetos de geração eólica no mar.

Ainda de acordo com a empresa, o investimento total é de R$ 9 milhões e há previsão de que o uso desta tecnologia, inédita no país, reduza em cerca de 40% do custo em relação a contratação desse tipo de serviço no exterior.

A medição por boia é uma das alternativas adotadas atualmente às torres fixas de medição, que possuem maior custo de instalação. O projeto foi desenvolvido por meio de um termo de cooperação com a Petrobras, em parceria com o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) do Rio Grande do Norte e de Santa Catarina.

Além de medir a velocidade e direção dos ventos, a estrutura é capaz de processar variáveis meteorológicas, como pressão atmosférica, temperatura do ar e umidade relativa, e oceanográficas, como ondas e correntes marítimas. O projeto foi iniciado em 2021 e tem duração de dois anos.

Nos próximos sete meses, o sistema de comunicação da Bravo permitirá o acesso aos dados coletados no litoral do Rio Grande do Norte à curta distância, por meio de Bluetooth e Wi-fi, ou via satélite. Eles serão enviados para um servidor em nuvem acessado pelo Senai e Petrobras.

As informações colhidas pela Bravo serão comparadas com os dados coletados por uma estrutura fixa, instalada no terminal salineiro de Areia Branca, na Costa Branca potiguar - o "LiDAR" - um sensor ótico que permite medir a velocidade e direção do vento, entre 10 e 200 metros de altura, gerando dados compatíveis com a altura de operação das turbinas eólicas offshore.

Os dados de vento captados pelo sensor fixo de referência serão comparados com os dados captados pelo sensor existente na boia e, após a etapa de validação, será possível determinar o grau de prontidão da tecnologia.

Segundo a Petrobras, além de conferir competitividade tecnológica à indústria eólica offshore brasileira, o equipamento deverá qualificar o Senai para a prestação de serviços de medição do recurso eólico offshore.

Bravo

A boia tem cerca de 2,5 m de diâmetro e 3,5 m de altura e é alimentada por módulos fotovoltaicos e aerogeradores para que possa operar em regiões remotas e independentemente de fontes externas de energia.

Segundo a Petrobras, ainda não existe fornecedor no país com equipamento próprio validado e ainda não foi realizada nenhuma campanha de medição com uma boia nacional. No mundo, existem alguns sensores flutuantes em algumas regiões do Mar do Norte e países como Canadá, EUA, Taiwan, França, Reino Unido, Noruega e Portugal, entre outros.

Uma das etapas necessárias para o desenvolvimento de projetos eólicos offshore é a realização de Estudo de Potencial Energético Offshore, que demanda a realização de campanha de medição.

Os dados obtidos permitem definir a viabilidade da implantação de um parque eólico e, uma vez comprovado o potencial da área, o projeto de engenharia e escolha das tecnologias mais adequadas.

g1-RN / Foto: Petrobras/Divulgação 

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