O Governo do Estado adiou o pagamento da segunda parcela do décimo
terceiro salário, que estava previsto para a próxima segunda-feira (18).
Ainda não há uma nova data definida para o pagamento de 20% do salário,
mas, de acordo com o Executivo, será pago até o dia 20 de dezembro,
quando está previsto pagar o restante. No dia 16 de julho foi paga a
primeira parcela, também de 20%.
De acordo com a Assessoria de Comunicação Social, a decisão é em
decorrência da medida do Executivo para tentar adequar os gastos
cumprindo as leis de Responsabilidade Fiscal e de Diretrizes
Orçamentárias. A legislação também aponta que o Legislativo, Judiciário,
Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público devem adotar medidas
para limitar seus empenhos e movimentações financeiras.
Essa é uma das primeiras medidas práticas adotadas pelo Executivo
desde que externou, na última terça-feira (12) em reunião com
representantes de outros poderes, dificuldade financeira devido à
frustração de arrecadação no primeiro semestre deste ano e projeção de
agravamento do cenário até dezembro.
No mesmo encontro também foi entregue pela governadora Rosalba
Ciarlini uma espécie de resumo do relatório de avaliação das receitas do
Tesouro Estadual. O relatório foi publicado hoje (16) no Diário Oficial
do Estado. Outras medidas devem ser anunciadas e adotadas pelo Poder
Executivo em reunião com o secretariado nesta segunda-feira (18) na
Governadoria, em Natal.
Na reunião da semana passada, que também estiveram presentes
representantes do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público,
foram discutidos os índices da economia nacional e, segundo a assessoria
de imprensa do Governo, “a correlação que eles têm com a frustação
crescente de receitas no Rio Grande do Norte”. A governadora também
pediu que cada poder tome “suas próprias medidas de contenção no segundo
semestre”.
De acordo com o relatório, houve frustração da receita estimada com a
realizada no RN (0,96% em jan-fev, 2,62% em mar-abr e 4,96% mai-jun). O
governo aponta relação dos indicadores estaduais com os índices
nacionais, como desaceleração da economia medida pelo Produto Interno
Bruto (PIB) no primeiro trimestre, de apenas 0,2%.