O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou o nome do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para a presidência da Petrobras. Já era esperado, mas falta o petista superar alguns entraves.
Jean Paul é da cota de Lula.
A ida de Jean Paul para o futuro governo foi selada antes mesmo das eleições deste ano, quando ele abriu mão de tentar reeleição para viabilizar a candidatura ao Senado do ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT), para fortalecer o projeto de reeleição da governadora Fátima Bezerra (PT). Paul atendeu ao pedido de Lula, que articulou a aliança do PT com MDB e PDT no Rio Grande do Norte. Se não fosse para a Petrobras, certamente seria ministro das Minas e Energias.
Paul Prates tem longa atuação no setor de óleo e gás. Ele foi relator, no Senado, de projetos importantes, como o que levou à redução dos preços de combustíveis – a lei complementar da monofasia do ICMS. O senador reforça a promessa de Lula para os combustíveis, que é acabar com a política de paridade internacional de preços, criada pelo governo Michel Temer em 2016.
A ideia do futuro presidente da Petrobras é retomar os investimentos, com mais atenção à transição energética, o que, para o mercado de ações, pode reduzir os pagamentos vultosos de dividendos feitos este ano, que ajudaram nas contas da União.
Paul propõe criar referências regionais que possam levar em conta a formação de preços nacionais e importados. Segundo ele, não se trataria de tabelamento de preços dos combustíveis, no entanto, a proposta precisa ser detalhada.
Jean Pau Prates foi consultor na área de petróleo e gás e secretaria de Energia do Rio Grande do Norte, quando atuou para a instalação e expansão da energia eólica e solar no estado. Em 2014, ele foi o primeiro suplente da senadora eleita Fátima Bezerra e, em 2018, com a vitória da petista para o Governo do RN, assumiu o mandato de senador da República.
Outros nomes
Lula também outros 15 nomes para o seu ministério, depois de destravar obstáculos políticos para fortalecer a sua base de apoio no Congresso Nacional.
A escalação final só foi definida na véspera, após costuras políticas que desalojaram alguns petistas de pastas para as quais já haviam sido convidados para dar lugar a nomes indicados por partidos de centro, como MDB, PSD e União Brasil. Ao todos, as três legendas, que oficialmente não apoiaram o petista na campanha, terão oito ministérios.
Veja todos os nomes anunciados hoje:
- Marina Silva (Meio Ambiente)
- Sonia Guajajara (Povos Originários)
- Juscelino Filho (Comunicações)
- Jader Filho (Cidades)
- Simone Tebet (Planejamento)
- Carlos Lupi (Previdência)
- Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário)
- Renan Filho (Transportes)
- Alexandre Silveira - Minas e Energia
- Carlos Fávaro - Agricultura
- Paulo Pimenta - secretaria de Comunicação
- Daniela do Waguinho - Turismo
- Waldez Góes - Integração Nacional
- André de Paula - Pesca
- General Gonçalves Dias - Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
- Ana Moser - Esporte
- Jean Paul Prates - Petrobras
DeFato.com - Ceza Santos / Foto: Reprodução
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