O
Ministério Público Federal (MPF) participou da comemoração simbólica
pelos vinte milhões de filhotes de tartarugas marinhas já liberados ao
oceano pelo Projeto Tamar. A procuradora da República Clarisier Azevedo
foi convidada a acompanhar a soltura de mais de 200 filhotes da espécie
tartaruga-de-pente, na praia da Barreira do Inferno, entre Natal e
Parnamirim, na tarde dessa quarta-feira (29).
A
soltura reuniu representantes da Aeronáutica, a qual pertence a área
onde se localiza a praia da Barreira do Inferno, bem como dezenas de
familiares dos militares e integrantes do Tamar, um projeto fruto da
cooperação entre o Centro Tamar/Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação Pró-Tamar. Já são 35 anos de
atuação no país.
O
Ministério Público Federal apoia o trabalho de preservação das
tartarugas marinhas através de ações judiciais e extrajudiciais que
visam minimizar os impactos ambientas nas praias do Rio Grande do Norte,
buscando garantir as condições adequadas para que ocorra a desova e o
nascimento dos filhotes.
“Considero
de fundamental importância o trabalho do Tamar e o MPF está pronto a
apoiar no que for possível, cumprindo seu dever de trabalhar pela
preservação de nossa biodiversidade, principalmente em se tratando de
espécies ameaçadas de extinção como são as tartarugas marinhas”,
ressaltou Clarisier Azevedo.
Ameaças
- Apenas um de cada mil filhotes costuma sobreviver e existem apenas
7.300 fêmeas, aproximadamente, desovando ao longo da costa do Brasil.
Apesar disso, de acordo com o Tamar, a tendência consolidada é de
crescimento das populações de tartarugas marinhas. As redes de pesca são
as maiores ameaças e as luzes artificiais nas praias de desova, entre
outros perigos, podem afetar negativamente esse crescimento
populacional.
O Tamar
atua na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas
marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção:
tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys
imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva
(Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). O
projeto monitora cerca de 1.100 quilômetros de praias e está presente em
25 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso
das tartarugas marinhas, no litoral e em ilhas oceânicas.
Nenhum comentário
Postar um comentário