Cássio
Augusto de Souza admitiu uso de drogas dentro de unidade prisional. Ele teve a
prisão decretada em dezembro durante a Operação Alcatraz.
De
dentro do presídio onde está custodiado no Rio Grande do Norte, um preso usou
um telefone celular para conceder uma entrevista a uma rádio de Jucurutu, cidade
da região Oeste potiguar.
O
detento, identificado como Cássio Augusto de Souza, conhecido como Cassinho,
foi preso por tráfico de drogas e também teve a prisão decretada em dezembro na
Operação Alcatraz, que investiga a atuação de organizações criminosas nos
presídios de quatro estados.
O
coordenador de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte, Leonardo
Freire, informou ao G1 que soube da entrevista concedida pelo detento e está
apurando o caso. A ligação para a rádio aconteceu na segunda-feira (11) e foi
feita da Cadeia Pública de Caraúbas, na região Oeste do estado.
Na
entrevista com o radialista Damião Oliveira, da Difusora Jucurutu, o preso
afirma ser dono de drogas apreendidas na semana passada em uma operação da
Polícia Civil e admite fazer uso de drogas dentro da unidade prisional por que
não tem como "entreter a mente". "Sou viciado em drogas, não
nego. Uso tudo. Não tenho como entreter a minha mente, uso tudo (sic)",
diz o detento.
Em
grande parte da entrevista, o preso sai em defesa do pai e do irmão, presos na
operação da Polícia Civil como possíveis receptores do crack e maconha que
vieram da cidade de Assu para Jucurutu. "Meu pai não é bandido. Bandido
sou eu", afirma o detento, que é suspeito de estar comandando o tráfico de
drogas em sua cidade de origem, Jucurutu.
O
delegado Ricardo Ferreira, titular da Delegacia de Jucurutu, explica que além
do irmão e do pai do preso, um outro homem foi detido em flagrante na operação.
"Interceptamos drogas que vinham de Assu para Jucurutu e prendemos esse
homem. Ele nos disse que as 50 gramas de maconha e 60 gramas de crack seriam
entregues para o pai e o irmão de Cassinho", conta.
Um
revólver calibre 38 e munições foram achadas na casa do suspeito preso em
flagrante. "Esse homem disse que a arma era do irmão do detento",
afirma o delegado Ricardo Ferreira, titular da Delegacia de Jucurutu, que
também encontrou munições de revólver 38 na casa do pai do detento. Tanto o pai
quanto o irmão de Cassinho negam os crimes, tiveram as prisões relaxadas pela
Justiça e já estão em liberdade.
O
preso ainda nega crimes cometidos em Jucurutu, como o incêndio em um carro da
Polícia Militar ocorrido em 2013. "Não tenho nada a ver com essa história
de queima de viatura. Porque quando quero fazer, não mando recado, mando
fazer", afirma Casssinho, que diz ter vontade de deixar a vida de crime,
mas não consegue. "A pessoa procura sair e não acha solução", encerra
o preso.
Fonte: G1.rn
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