O jornal Charlie Hebdo estará nas bancas na semana que vem com uma nova edição. Patrick Pelloux,
médico urgentista e um dos colaboradores do semanário, garantiu que o
semanário será publicado, apesar de boa parte de sua redação ter sido
dizimada no ataque terrorista de ontem. “Nós vamos continuar.
Decidimos sair na semana que vem. Estamos todos de acordo em relação a
isso. Devemos continuar, é muito importante e estratégico”, disse
Pelloux. A equipe sobrevivente de Charlie Hebdo será acolhida nos locais
da sede do jornal "Libération" já a partir desta sexta-feira.
Em uma
entrevista ao canal BFMTV, Pelloux chorou quatro vezes. Segundo ele, o
atentado vai além de Charlie Hebdo, foi um ataque à democracia com a
intenção de criar a divisão no país. Com a mudança, a segurança no
diário francês será reforçada pela polícia. Richard Malka, advogado do jornal há 22 anos, afirmou que a edição da próxima quarta-feira terá um milhão
de exemplares.
Normalmente, a edição do semanário é de 60 mil
exemplares. “Nossa vida não será mais a mesma após este dia. Não tenho
palavras. Ajudem-nos! Ajudem-nos a poder continuar rir, a que o silêncio
e o medo não se instalem. É preciso poder lutar com as armas da
democracia: o riso, a solidariedade, as palavras. Não podemos nos
deixar impressionar. “Charlie” sairá na quarta-feira. É um juramento”,
disse Malka.
Fonte: O Globo
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