Ainda é pouco, mas está mudando
O ex-prefeito de Felipe Guerra, Braz Costa (PMDB), está de volta para casa, depois de três semanas atrás das grades. A sua prisão foi relaxada pelo Tribunal de Justiça do Estado, que acatou pedido de habeas corpus, depois de ele ter sido internado com problemas de saúde.
O ex-gestor foi preso antes de condenado em processos por improbidade administrativa, porque a Justiça entendeu que ele continuava com práticas lesivas à ordem pública. Braz Costa, mesmo depois de denunciado por vários crimes contra o erário, continuou apostando na impunidade e praticando delitos, inclusive, tendo sido apreendido na última campanha eleitoral, flagrado, supostamente, comprando votos.
Pois bem.
Não vai daqui o julgamento antecipado, até porque o ex-prefeito tem o direito de percorrer o longo caminho do Judiciário, podendo, inclusive, ser inocentado. Agora, a sua prisão deve ser vista como exemplo da nova realidade que vive o País, cada vez mais avançando, através de suas instituições de fiscalização, controle e combate à corrupção, para tirar de linha os malfeitores.
Não se pode aceitar que Braz Costa seja apenas um “bode expiatório”, na medida em que os mecanismos de defesa do bem público estão em pleno funcionamento, fazendo a devida limpeza no serviço público. Portanto, nos faz acreditar que esse processo alcançará outros gestores que não tiveram zelo com o bem público.
Os (maus) exemplos estão espalhados por todos os quadrantes deste País e que certamente serão atingidos no devido momento. O fato é que temos um Ministério Público (estadual e federal) mais atuante; a Polícia Federal mais investigativa; e o Judiciário mais ágil e rigoroso na aplicação das leis.
O caso da petrorroubalheira é emblemático nessa nova realidade.
Quem imaginaria, há pouco tempo, que um punhado de executivos de empresas gigantes iriam parar na cadeia?
Quem imaginaria diretores da maior estatal brasileira algemados e presos? Não podemos esquecer os personagens do mensalão, todos da linha de frente da política, que terminaram condenados e presos.
É bem verdade que a impunidade ainda campeia nesse País, de fora a fora, com casos que envergonham a nação, no entanto, temos a certeza que o combate a essa chaga está cada vez mais firme e visível. Não há dúvida.
O Brasil ainda tem jeito.
E os brasileiros precisam participar de forma mais incisiva e consciente, fazendo a sua parte, expulsando com o voto aqueles que não merecem representá-los na vida pública.
Braz Costa é apenas um personagem dessa mudança.
Fonte: Jornal de Fato
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