Caraúbas - Eugênio Alves gastou R$ 363 mil com contratação de cantores
nacionais, mas os contratos não foram fechados diretamente com eles,
nem através de seus empresários exclusivos, desrespeitando a lei.
O
Ministério Público Federal (MPF) em Mossoró denunciou o ex-prefeito de
Caraúbas, Francisco Eugênio Alves da Silva, por contratação ilegal de
cantores para o “Arraiá de Todo Mundo”, realizado durante o São João de
2008. Ele promoveu contratação dos artistas desrespeitando exigências da
Lei de Licitações.
O “Arraiá de Todo Mundo” ocorreu de 17 a 19
de junho de 2008 e foi custeado com recursos da União, através de
convênio da Prefeitura de Caraúbas com o Ministério do Turismo, que
incluiu repasse de R$ 363.100. Eugênio Alves assinou um processo de
inexigibilidade de licitação para contratar serviços de montagem da
estrutura dos shows, premiações e as quatro atrações artísticas que se
apresentaram: Zezé de Camargo e Luciano (R$ 180 mil); Fagner (R$ 85
mil); Zé Ramalho (R$ 85 mil); e Geraldinho Lins (R$ 13.100).
Para
trazer os artistas, a empresa Correia Produções e Promoções Ltda. ME.
Foi contratada como sendo a suposta representante exclusiva dos
cantores. A produtora de eventos apresentou “cartas de exclusividade”,
nas quais os artistas ou seus empresários declaravam que a Correia seria
a sua representante exclusiva, porém especificamente junto ao Município
de Caraúbas e unicamente para a realização dos shows do “Arraiá de Todo
Mundo”.
A denúncia do Ministério Público Federal, assinada pelo
procurador da República Emanuel Ferreira, aponta que as cartas não
caracterizam a exclusividade mencionada na Lei de Licitações e, sendo
assim, não havia argumento legal para a dispensa da licitação. “(...)
não há dúvidas de que a inexigibilidade de licitação (…) deflagrada pelo
Município de Caraúbas, é flagrantemente ilegal, uma vez que
desrespeitou condição sine qua non para sua admissão, (…) já que a
empresa (...), mero intermediário, não se enquadra como empresário
exclusivo dos artistas que se apresentaram.”
Alerta prévio - O
ex-prefeito, inclusive, foi alertado através de parecer da Unidade de
Consultoria Jurídica do Ministério do Turismo a respeito das normas a
serem seguidas, para efetivar as contratações com os recursos federais.
“Apesar disso, (o ex-prefeito) criminosamente, insistiu na contratação
direta, mediante inexigibilidade indevida de licitação”, descreve a
denúncia do MPF.
Eugênio Alves assinou todos os documentos
relevantes para contratação direta da empresa, indevidamente realizada, e
por isso deverá responder por “inexigir licitação fora das hipóteses
previstas em lei” (artigo 89 da Lei nº 8.666/93). Caso considerado
culpado, o ex-prefeito poderá ser condenado a três a cinco anos de
detenção, além de multa. O MPF solicita ainda a reparação dos danos
causados, em um valor não inferior aos R$ 363.100 repassados pela União.
A ação penal tramitará na Justiça Federal sob o número 0000809-40.2014.4.05.8401.
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no RN (Fones: (84) 3232-3960 / 9119-9675)
INTERESSANTE !!! Um Ex-Gestor, está sendo Denunciado pelo MP, por ter Contratado "Bandas" para alegrar a População, trazer lazer para a População. Agora: Outros Ex-Gestores, não pagaram o que o Município devia,como Verbas Idenizatórias a Ex- Funcionários, e o MP, não se manifesta em momento algum, sobre isso...Só no BRASIL MESMO...kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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