Com desenvoltura, conhecimento de causa e disposição ao
diálogo, o deputado Henrique Alves (PMDB), candidato ao governo pela coligação
União pela Mudança, impressionou a todos que participaram, na manhã desta
quinta-feira, 4, da sabatina do Sistema Faern com os principais candidatos à
sucessão estadual. “O segmento rural de um estado que tem 93 por cento de seu
território incrustado no semiárido, e que precisa da economia rural para se
desenvolver, tem que fazer parte da agenda de um governo e de uma relação
respeitosa”, disse Henrique.
O encontro organizado pela Federação da Agricultura do Rio
Grande do Norte (FAERN) serviu para que as entidades do sistema e os produtores
rurais entregassem aos candidatos as propostas e expectativas quanto ao plano
de governo da administração estadual entre 2015 e 2018. Henrique encerrou o
evento e foi bastante aplaudido. A exemplo dos demais candidatos ouvidos, falou
durante 20 minutos e respondeu a perguntas formuladas pelos produtores rurais.
Recebeu das mãos do presidente da FAERN, José Álvares Vieira, o documento
oficial do setor.
Ao se apresentar aos produtores rurais, Henrique deixou
claro sua prioridade e atenção para com o setor rural. “Não haveria razão
alguma, inclusive de agenda, que me impedisse de estar aqui. A agricultura e a
pecuária são prioridades para quem deseja trabalhar para desenvolver o Rio Grande
do Norte”, afirmou diante do auditório lotado no térreo do edifício-sede da
Casa da Indústria.
O candidato a governador lembrou a todos que a participação
da pecuária no PIB do Rio Grande do Norte caiu de 6,8% em 2002 para os atuais
3,7%. “Por que este empobrecimento? Qual a razão dessa falta de atenção?”,
indagou, antes de apresentar as prioridades e compromissos com o setor rural. “A
produção rural é hoje uma área em que o Estado está mais ausente. O que chega a
ser uma irresponsabilidade.Não podemos deixar de dar atenção à agricultura, à
pecuária, à produção rural”, completou.
Para Henrique, o agronegócio não quer nem precisa de favores
governamentais. “O agropecuária quer segurança jurídica, logística para
garantir o escoamento de sua produção e no que diz respeito ao licenciamento
ambiental o respeito devido a quem deseja investir no setor”, declarou.
Aos agricultores familiares, o candidato a governador acenou
com assistência técnica, estruturação dos assentamentos e difusão de
tecnologias por meio dos órgãos governamentais para que os jovens possam permanecer
no campo, produzindo e longe das cidades onde estão, sem educação e sem
trabalho, expostos a toda sorte de mazelas. “O homem do campo, que recebeu a
terra de seu pai, que foi do seu avô e quer deixar para seus filhos e netos,
não pode ficar apenas com o seu instinto, com o coração e o amor à terra, sem
atenção e orientação”.
Henrique também se comprometeu em realizar um governo que dê
maior atenção aos pequenos e médios produtores rurais, começando pelo
revigoramento do Programa do Leite, que vive hoje uma situação de penúria.
Ao responder a uma pergunta sobre segurança pública na área
rural, o candidato a governador foi enfático: “Faremos policiamento ostensivo
nas áreas conflagradas. O mapeamento das áreas já está sendo feito. Levaremos
outras ações para mostrar aos jovens que vale a pena ser do bem. E se hoje
falta o policiamento nas áreas rurais eu asseguro que não faltará mais.
Incorporo agora ao meu programa de governo de segurança pública uma estratégia
específica de policiamento para o meio rural”.
Ao final, Henrique Alves deixou claro que, sendo eleito
governador, o setor rural terá dele uma atenção especial. “O setor rural, com a
agricultura e a pecuária, que tem contribuído para salvar o PIB do Brasil, terá
atenção, respeito e sensibilidade por parte do Governo do Estado. Não delegarei
a terceiros a condução da política para o setor. Será o governadora quem
cuidará pessoalmente disso”, afirmou, arrematando que os que atuam no setor
deixarão de ser tratados com insensibilidade e preconceito.
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