O candidato do PMDB ao Governo do Estado, o presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves, disse nesta quarta (06) em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da Universitária FM, que uma das primeiras ações do seu governo, caso seja eleito, será o combate, com policiamento ostensivo, à violência, que nos últimos quatro anos se transformou no mais dramático problema do Estado.
“Primeiro, há uma etapa emergencial. Em seis meses, a pessoa tem que sentir a segurança nas ruas. A sensação de segurança é preciso ter, de que vai se combater a criminalidade. Nesta semana, por exemplo, assaltaram um bar em Capim Macio e ficou por isso mesmo. Ninguém acredita que vai se punir, se iniciar um processo judicial, pegar os bandidos. Essa sensação de impunidade só vai agravar a situação”, disse.
Henrique Alves ressaltou que o problema da segurança não se resolve somente com policiamento, envolvendo também educação, ação social, entre outros fatores. “A insegurança é causada por uma série de fatores. É um assunto complexo, mas precisamos primeiramente desta abordagem emergencial”, complementou. “Natal é hoje a vigésima cidade mais insegura do mundo e a quarta do Brasil, segundo estudo da ONU. E não era assim. A situação se agravou nos últimos anos”, aponta.
Além de segurança, foram discutidos temas como educação, saúde, crescimento econômico e o funcionalismo público. Veja abaixo alguns trechos da entrevista.
Educação integral
“Está na hora de criarmos o Plano Estadual de Educação. O Governo Federal elegeu como meta levar a educação integral a 50% das escolas do país em 10 anos. Então, nós devemos pegar carona nessa prioridade nacional e priorizar a escola em tempo integral. Eu sei que não é tão simples. Porque você pode até fazer a escola, mas o difícil é manter a escola. É uma meta que será prioridade no nosso governo para envolver a criança com o aprendizado, a cultura, o lazer, enfim para a criança se sentir motivada”
Saúde
“Trouxemos no ano passado o então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para conhecer o caos no Walfredo Gurgel. O Governo Federal estava lançando um programa com 11 hospitais prioritários no país, que receberiam um recurso maior, e conseguimos incluir o Walfredo Gurgel. Mas ainda é pouco porque a demanda é muito alta. Nós temos de fazer parcerias com o Governo Federal e com os municípios. Colocar os hospitais regionais para funcionar, além de um hospital de traumatologia para a Grande Natal”
Funcionalismo público
“O Estado começou a anunciar atraso no salário do servidor público há alguns meses para quem ganha acima de R$ 5 mil. Agora, está atrasando para quem ganha acima de R$ 2 mil. E a tendência é esse quadro se deteriorar. Você imagine o orçamento do Estado como será no próximo ano. E já tem aumento aprovado para 2015 e 2016. Não está pagando nem o que há hoje e imagine com esses aumentos para o futuro governador pagar. Os entes do Estado terão de se entender com a sociedade civil para encontrar uma solução para o servidor público do Estado numa mesa de debates. O servidor público quer crescer e se sentir motivado”
Crescimento Econômico
“Primeiro, é preciso enxugar a máquina do Estado. Essa é uma área que espero a compreensão da classe política, mas enxugar é necessário. Temos de fazer de maneira responsável, com uma auditoria que iremos fazer para reduzir as gorduras e tornar o Estado mais ágil. O Estado hoje aplica somente 4% de investimento, sendo que já aplicou 8%, 9%. Como o RN vai crescer com essa capacidade de investimento? Isso tem que mudar”
Apoios
“O importante é a união. Temos que parar com essa mania de olhar para o retrovisor. Ninguém venha dizer que não fez porque o governador anterior deixou isso, deixou aquilo. Isso todos dizem, mas essa mesmice não pode continuar. Quem for governador, sabe a situação qual é. A nossa aliança propõe acabar com o radicalismo na política. Até hoje sempre ficou uma parte puxando pra cima e outra puxando pra baixo. Temos que acabar com isso e iniciar o diálogo no Rio Grande do Norte”.
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