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Médica aponta deficiências no atendimento à Saúde em Felipe Guerra

 Foram citados como problemas: número insuficiente de profissionais, falta de insumos, equipamentos e de estrutura nas unidades. Além disso, há sobrecarga de pacientes vindos dos municípios vizinhos.

Os atendimentos de saúde no município de Felipe Guerra esbarram em algumas dificuldades, segundo a médica clínica geral, Danúbia Morais. Entre elas, a falta de insumos, equipamentos e de estrutura nas unidades.  A médica destacou ainda mais um problema que estaria afetando a cidade: a sobrecarga de pacientes advindos dos municípios vizinhos.

Danúbia integra a escala de plantão da Unidade Mãe Merinda, que oferece assistência com foco em especialidades médicas, como geriatria, psiquiatria e ortopedia. Segundo ela, há médicos todos os dias, no entanto a qualidade dos serviços poderia ser ampliada. “O número de profissionais de saúde não é suficiente. Além disso, não há todos os materiais e equipamentos necessários para o pleno atendimento à população”, salienta.

A médica acrescenta que a unidade enfrenta sobrecarga de atendimentos, uma vez que pacientes de cidades, como Apodi e Caraúbas, se direcionam para Felipe Guerra em busca de consultas médicas. “Para mim, deveria haver uma triagem para que somente os casos necessários fossem encaminhados à Unidade Mãe Merinda. Essa triagem deveria se estender ao Programa Saúde da Família, evitando assim um volume de pacientes que não precisam ser atendidos nesta unidade”, disse.

Danúbia também informou que os atendimentos mais complexos são direcionados para cidades com estrutura médica superior, caso de Mossoró. De acordo com ela, essa medida foi estabelecida com aval do Sistema Único de Saúde (SUS).

Albetiza Martins, dona de casa, mora em Caraúbas e se desloca para Felipe Guerra em busca de receitas médicas. “Me submento a tratamento psiquiátrico e venho a Felipe Guerra, pois aqui consigo as receitas com mais facilidade. Quando em Caraúbas há alguns medicamentos que preciso, então, os retiro lá mesmo. Mas nem sempre é possível. Normalmente, tenho que comprar a maior parte nas farmácias”, destaca, ao confirmar que as dificuldades de atendimentos médicos permeiam as cidades do interior do Rio Grande do Norte.
Evanúsia de Góis, dona de casa, destaca as deficiências na área da saúde -  Foto AG: l&T
Evanúsia de Góis, também dona de casa, é enfática ao ressaltar as deficiências na área da saúde. “Nós temos médicos, mas faltam alguns medicamentos. Por isso, acabo tendo que tirar dinheiro do meu orçamento para tratar a saúde. Por exemplo, aqui não tem medicamento para crianças com necessidades especiais. Também não há atendimento, se você chegar com braço quebrado”, disse.

A secretária de Saúde de Felipe Guerra, Girlene Ferreira, disse que a prefeitura tem promovido melhorias nos atendimentos à população.  Segundo ela, a saúde no município não está 100%, assim como no restante do Brasil, entretanto há avanços expressivos. Questionada acerca da sobrecarga de pacientes, a secretária explica que as pessoas procuram Felipe Guerra, porque conseguem ser assistidas na cidade.

“Nós temos médicos todos os dias e oferecemos diversas especialidades. Não faltam medicamentos na atenção básica nem para emergências. O prefeito gasta muito mais do que pode com medicamentos. Também não faltam técnicos de enfermagem, uma vez que a escala está fechada. Os atendimentos mais complexos devem ser realizados nas regionais e outros equipamentos médicos não são de nossa responsabilidade. Já com relação aos insumos, os fornecedores são de Mossoró, mas sempre procuramos manter a quantidade necessária, para a realização dos atendimentos”, declarou.


Fonte: Jornal Gazeta do Oeste - Acesse e Veja Aqui.

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