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Felipe Guerra Vai se Adequar às Exigências de Tratamento e Acondicionamento de Lixão

Felipe Guerra- Outro objetivo da visita das técnicas e gestoras ambientais Raina Garcia e Edna Guilherme, da VERITAS Engenharia Ambiental, empresa contratada pela SEMARH (Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), que presta serviços relacionados às questões ambientais do estado do Rio Grande do Norte à Felipe Guerra foi esclarecer sobre a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em vigor desde 2010.
Segundo esta política, o Brasil não poderá ter lixões a céu aberto a partir de 3 de agosto deste ano. 

No entanto, na prática, a meta pode não ser cumprida, pois várias cidades não conseguirão se adequar, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). 

A CNM, inclusive, já solicitou a prorrogação do prazo do Plano Nacional. Entre as cidades que não foram capazes de cumprir a meta nos últimos quatro anos, há três capitais: Porto Velho, Belém e o Distrito Federal. Um estudo feito pela Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que apenas 40% do lixo produzido no Brasil têm destinação inadequada. 

Tratamento ambiental
Como os lixões não recebem tratamento ambiental, a decomposição dos resíduos sólidos contamina o solo e, conseqüentemente, lençóis subterrâneos de água. Outro agravante é que o lixo produz gases poluentes e facilita a reprodução de insetos transmissores de doenças. 

A PNRS prevê que as cidades desenvolvam planos de gestão do lixo em que os catadores sejam incluídos de forma digna no sistema de coleta seletiva por meio de cooperativas. Prefeitos de municípios que não conseguiram se adaptar à lei federal temem entrar na mira do Ministério Público a partir de agosto. Eles podem ser processados por Crime Ambiental. 

Prazo Para evitar que isso ocorra, a CNM tem solicitado ao Governo Federal o adiamento do prazo de encerramento das atividades dos lixões, alegando que as cidades não tiveram tempo hábil, nem receita suficiente para construir aterros sanitários e elaborar planos de coleta seletiva. O Ministério do Meio Ambiente, por sua vez, já sinalizou que não pretende mudar a data. 

A situação mais crítica no país é do Lixão da Estrutural, em Brasília, o maior da América Latina, um terreno do tamanho de 170 campos de futebol e uma montanha de lixo de 50 metros de altura, onde cerca de 2 mil catadores de material reciclável trabalham 24 horas por dia. 

Esclareça as dúvidas mais comuns sobre o Plano de Resíduos Sólidos De acordo com a Lei 12.305, o Governo Federal fica impedido, a partir do dia 2 de agosto, de liberar recursos para Estados e municípios para investimentos na área de resíduos sólidos caso não sejam apresentados, pelos interessados, os respectivos planos de gestão. 

“É fundamental que se tenha planos de ação específicos ajustados as realidades das cidades, proporcionando modelos eficientes de gerenciamento de resíduos”, afirma o gerente de Projetos da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Saburo Takahashi. 

Manual de Orientação
O MMA elaborou um manual de orientação para a elaboração dos planos, que está disponível no site do Ministério. Além disso, tem oferecido cursos de ensino a distância para orientar gestores e consultores. O treinamento tem duração de 30 dias e oferece flexibilidade total de horário, já que cada participante acessa a plataforma das aulas na hora que for mais conveniente. 

Takahashi explica que as prefeituras que fazem parte de consórcios intermunicipais, podem, em conjunto, elaborar um plano intermunicipal de gestão de resíduos sólidos, que valerá para as cidades que compõem o consórcio. “Isso reduz custo e aperfeiçoa a elaboração do plano”, disse. 

Pela lei, até 2014, todos os lixões estarão desativados e os rejeitos de todo o país devem ser encaminhados para aterros sanitários.

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