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Agripino comenta leitura do Requerimento de criação da CPI da Petrobras

O povo brasileiro jamais perdoaria a oposição caso seus líderes não lutassem pela investigação imediata das denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras, patrimônio público do Brasil. A declaração foi dada pelo líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), logo após a leitura, nesta terça-feira (1º), no plenário, do requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as operações da estatal - cujo valor de mercado caiu pela metade nos últimos anos -  entre os anos de 2005 e 2014.

“O brasileiro jamais perdoaria a oposição se ela não tomasse atitude diante de um patrimônio que é de cada brasileiro. Queremos fazer a faxina em algo que não está cheirando bem”, disse o senador potiguar. Durante a sessão, a senadora Gleisi Hoffman (PT-SC) indicou uma “questão de ordem”, com base na Constituição Federal e no regimento interno das CPIs. Segundo a parlamentar, não há “fato determinado” a ser apurado e também apontou que há diversos eventos a serem investigados sem nexo entre si, apesar de todos estarem relacionados à Petrobras.

“Estou nesta Casa há quatro mandatos e nunca vi, em um encaminhamento de uma CPI, uma questão de ordem pedindo a impugnação da comissão parlamentar”, ressaltou Agripino. “O fato determinado existe, a conexão entre os fatos é evidente, não há o que se discutir. Essa Casa tem que se posicionar e a oposição não vai abrir mão de seu direito, de minoria, de lutar por essa CPI”, acrescentou o líder democrata.

A CPI deverá, em um prazo de 180 dias, investigar operações da Petrobras relacionadas à aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas, pagamento de propina em negócios envolvendo a SBM Offshore, denúncias de que plataformas têm sido lançadas ao mar incompletas e, por último, superfaturamento em processos de implantação de refinarias — neste, o grupo parlamentar deverá ter como foco principal a instalação da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Rominna Jácome

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