Em aparte ao senador Aécio Neves, na tarde desta quarta-feira (19), o
líder do Democratas José Agripino (RN) considerou “inacreditável e
inadmissível” a justificativa da presidente Dilma Rousseff sobre seu voto a
favor da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras. Em nota, a chefe do
Executivo se defendeu dizendo que aprovou a compra com base em um parecer
“técnica e juridicamente falho”.
“A presidente Dilma é tida como uma
gestora competente, uma mulher estudiosa. Mas isso é inacreditável! Imagine, no
governo Fernando Henrique, um ministro emitir uma nota reconhecendo um prejuízo
bilionário por conta de uma falha do ponto de vista técnico e legal de um
parecer”, criticou Agripino.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo
de hoje, Dilma, então ministra da Casa Civil e à frente do Conselho
Administrativo da Petrobras, votou, em 2006, a favor da compra de 50% da
polêmica refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), por US$ 360 milhões.
Posteriormente, por causa de cláusulas do contrato, a estatal foi obrigada a
ficar com 100% da unidade, antes compartilhada com uma empresa belga. Acabou
desembolsando US$ 1,18 bilhão - cerca R$ 2,76 bilhões.
“Ora, o parecer é apenas opinativo. A
responsabilidade de assinar é dela, da presidente Dilma. Estamos falando de US$
1 bilhão de uma empresa brasileira que está indo pelo ralo”, ressaltou José
Agripino. A compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras está sendo
investigada pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Rominna Jácome
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