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O diretor do SINTE-RN, José Teixeira, afirmou que a medida poderá atrasar ainda mais o retorno à sala de aula |
O Governo do Estado vai entrar com um recurso junto ao Tribunal de
Justiça do RN para tentar reverter a decisão liminar que determinou o
pagamento do salário dos professores que tiveram pontos cortados durante
a greve da Educação. A decisão, confirmada à TN pelo procurador geral
do Estado, Miguel Josino Neto, poderá atrasar o fim da mobilização
grevista.
Ontem (19), após 50 dias de greve, os educadores da
rede estadual votaram um indicativo pelo fim da paralisação e afirmaram
que poderiam voltar às salas de aula na próxima segunda-feira (24). Para
tanto, eles aguardavam que o Governo efetuasse o reembolso dos salários
cortados, como determinado pela Justiça. O diretor do SINTE-RN, José
Teixeira, afirmou que não tinha conhecimento oficial do recurso
impetrado pelo Governo e confessou que a medida poderá atrasar ainda
mais o retorno à sala de aula.
Os servidores decidiram pelo indicativo
de fim da paralisação porque o Estado cumpriu a última das pautas
apresentadas pela categoria e protocolou o Projeto de Lei que modifica o
plano de carreira e salários dos servidores na Assembléia Legislativa.
Ontem, foi feita a leitura do PL e a votação está prevista para hoje
(20).
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, dos 28 mil
servidores, 787 não estão trabalhando. O número contrasta com os 70%
apresentados pelo SINTE-RN. Ainda segundo o Governo, por ser pequena, a
paralisação não teria causado grande impacto sobre o calendário escolar.
Ele deverá ser reposto pelos grevistas através de um plano apresentado
por cada um, seguindo normas da SEEC.
Ainda segundo a assessoria
da pasta, a reposição deve ser feita até o final de junho. O professor
que apresentar e cumprir o plano receberá o ressarcimento do salário. Na
E. E. Floriano Cavalcanti, a diretora Sônia Cristina afirma que aguarda
uma definição. Cerca de mil alunos estão sem aulas desde o início do
ano letivo. Em outras escolas, como é o caso da Escola Professor Varela
Barros, na zona Norte, as aulas continuam praticamente normais. A
categoria tem nova assembléia amanhã, na E.E. Winston Churchill para
nova decisão.
Por Chico Costa
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