Brasília (DF) - O
presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se
reuniu nesta quarta-feira (26) com representantes de diversas entidades
ligadas ao movimento estudantil e à juventude, que cobraram a votação de
uma pauta de interesse dos dois segmentos.
Durante
o encontro, os manifestantes elogiaram a aprovação do Marco Civil da
Internet pela Câmara na noite de ontem e a decisão do presidente de
rejeitar requerimento apresentado pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ)
para a realização de uma sessão em homenagem ao regime militar.
Na
terça-feira, Henrique Eduardo Alves anunciou a realização de uma sessão
solene na Câmara sobre o golpe de 1964, marcada para 1º de abril. A
solenidade será baseada em requerimento da deputada Luiza Erundina
(PSB-SP) e terá um tom crítico ao período. “É inadmissível que a Câmara
aceite homenagear um regime que fechou por três vezes esta Casa e cassou
173 parlamentares”, declarou Alves.
A
reunião com as entidades ligadas ao movimento jovem ocorre depois de
uma série de atos em defesa de políticas públicas para a juventude
realizados em diversas cidades no Brasil. Na pauta de reivindicações
apresentada ao presidente da Câmara, foram incluídas ações nas áreas de
educação, trabalho, comunicações, direitos sociais e humanos, além de
mudanças no sistema eleitoral como fim do financiamento de empresas
privadas nas eleições.
A
pedido dos manifestantes, o presidente da Câmara se comprometeu a
colocar como primeiro item dessa pauta a votação do Projeto de Lei
4471/12, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que cria regras para a
apuração de mortes e lesões corporais decorrentes das ações de agentes
do Estado, como policiais. Pela proposta, esses casos deverão ter rito
de investigação semelhante ao previsto para os crimes praticados por
cidadãos comuns.
Assessoria de Imprensa
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