Uma
fiscalização realizada na semana passada pela Regional Assú da
Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) detectou o
furto de água da Adutora Médio Oeste, em propriedade localizada na
RN-233, próximo à cidade de Triunfo Potiguar. Uma tubulação de 130
metros foi interligada na adutora com o objetivo de fazer irrigação de
plantio e acumular água na propriedade. A Caern notificou o proprietário
da irregularidade e lavrou boletim de ocorrência.
A
ação contou com o apoio do Ministério Público da cidade de Campo
Grande. Estima-se que a retirada irregular desviou mensalmente da
adutora 500 mil litros de água. O proprietário será multado, além de
responder criminalmente pela irregularidade. Durante a fiscalização,
realizada quinta-feira passada, a equipe da Caern contou com o apoio da
Polícia Civil de Campo Grande. A presença da polícia é fundamental para
garantir a integridade física dos empregados da Companhia porque durante
a ação em campo, é comum haver reação por parte de quem comete as
irregularidades.
IRREGULARIDADE
A
água da adutora é um produto destinado ao abastecimento público e não
individual. Além disto, a água é tratada e tem como objetivo do
abastecimento humano e jamais a irrigação. Retirar água da adutora a
qualquer momento é irregularidade. Mas no período de seca é ainda mais
grave por não considerar a necessidade de muitas pessoas que ficam ainda
mais dependentes do produto transportado pela adutora.
Em
um período como o atual, em que as cidades abastecidas pela adutora
Médio Oeste encontram-se em racionamento, furto de água dificulta a
chegada de água aos municípios. Devido ao rebaixamento da captação da
Médio Oeste na cidade de Jucurutu, as cidades de Messias Targino,
Janduís, Campo Grande, Paraú e Triunfo Potiguar estão em racionamento de
água, com a chegada do produto dia sim, dia não. O racionamento é uma
medida preventiva para evitar o colapso da área de captação.
A
adutora Médio Oeste foi fiscalizada no trecho entre Triunfo Potiguar e
Paraú. Não foram encontradas outras irregularidades. Em novembro do ano
passado, a Caern fez fiscalização neste trecho e encontrou outras três
retiradas irregulares de água, mas não foi constatada reincidência desta
vez.
Ana Luiza Cardoso – ACS Caern
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