A estiagem no Semiárido nordestino dura
pelo menos um ano e já é considerada a maior seca dos últimos 50 anos. No Rio
Grande do Norte, 144 municípios enfrentam situação de calamidade, o que
representa 86% das cidades. Os técnicos estimam que, mesmo se restabelecendo
dentro em breve o regime de chuvas, será necessária uma década para recompor os
estragos. O deputado federal Fábio Faria
(PSD/RN) levou ao Plenário da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (10), a
sua preocupação com a grave situação.
“Os prejuízos calculados já são da
ordem de 5 bilhões de reais, com perda de pelo menos 30% do rebanho de gado,
ovinos, caprinos. O Governo do Estado se limita a repassar os recursos
federias, sem se importar muito com a construção de um plano de prioridades que
contemple projetos articulados. E os prefeitos reclamam também que a burocracia
do governo federal atrapalha a concretização das medidas emergenciais”, relatou
Fábio Faria em discurso.
O
deputado chama a atenção para a importância de valorização dos projetos de
instalação de cisternas como uma boa alternativa para que a população disponha
de água potável no período de estiagem. Hoje, 14 cidades são abastecidas
exclusivamente por carros-pipa. Os açudes já não são considerados a solução
para a região, porque ali há um dos maiores índices de evaporação do Brasil, o
que torna os reservatórios de água pouco profundos inúteis em época de seca.
Conforme
o deputado, os efeitos da seca no Rio Grande do Norte também estão gerando
demissões nas grandes propriedades rurais, obrigando o agricultor a procurar
emprego na construção civil. “Estou comprometido ao extremo, no sentido de
apresentar ao governo federal as reivindicações do povo do meu Estado, com relação
às maiores urgências e quero continuar lutando por políticas definitivas”,
completou o segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados.
Estella Dantas
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