O senador José Agripino
(RN) lembrou que a atual presidente Dilma Rousseff, como responsável
pelas ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tinha o
dever de conhecer com profundidade todas as ações ocorridas no
Ministério do Transporte no mínimo desde 2007. Para o parlamentar, a
presidente Dilma não tem condições de alegar desconhecimento dos
seguidos aumentos de custos nas obras públicas de infraestrutura no
país.
“Nome do PR
e de muitas pessoas do partido estão sendo enxovalhadas. Fala-se que o
ministério é feudo do PR e proporciona o enriquecimento de muitos. Mas a
então ministra do PAC teria cobrado providências ou só faz agora após
pressão da imprensa?”, questionou o senador, durante o depoimento do
diretor-geral do DNIT, Luis Antonio Pagot, na Comissão de Infraestrutura
do Senado.
Pagot,
em sua resposta, afirmou que boa parte das decisões tomadas pelo DNIT
são técnicas. Segundo o presidente do DNIT, a então ministra Dilma
sempre questionou o valor das obras nos últimos anos e cobrava das
autoridades públicas. Permanece a dúvida: por que só agora ela resolveu
tomar providências mandando demitir a cúpula do ministério, todos eles
filiados ao PR?
José
Agripino também lembrou que nos últimos dois meses o governo Dilma tem
sido tomado por notícias envolvendo corrupção. Entre elas, o
enriquecimento misterioso do ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci,
o caso aloprados, e o pedido de punição, feito pela Procuradoria Geral
da República, de 36 réus do mensalão. No mais recente deles, caiu o
ministro dos transportes, Alfredo Nascimento.
Rominna Jácome
Nenhum comentário
Postar um comentário