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SECRETÁRIO ANUNCIA 1.100 HOMENS PARA A SEGURANÇA DO 'MOSSORÓ CIDADE JUNINA'.

O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Aldair Rocha, lançou o Plano de Segurança para o projeto “Mossoró Cidade Junina”, fruto de uma parceria envolvendo o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de Mossoró. O ato ocorreu às 14h desta terça-feira (7) na Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte. Antes, o secretário teve audiência com a prefeita Fafá Rosado no Salão dos Grandes Atos do Palácio da Resistência, sede do poder Executivo local.
O secretário disse que o plano de segurança para o evento, considerado o maior do gênero do Rio Grande do Norte, é o ideal para garantir a tranquilidade dos festejos juninos em Mossoró. “O que foi apresentado é o que a gente imagina para o dia-a-dia, envolvendo a integração das instituições.”
O plano de segurança envolve 1.100 homens, detectores de metal e 16 câmeras de segurança, que foram instaladas ao longo do Corredor Cultural, na Avenida Rio Branco, em trechos estratégicos que vão da Praça da Convivência ao Parque da Criança.
“A gente tem que partir para buscar o ideal de segurança e este plano foi feito para atender esse fator, para que a festa seja mais segura do que no ano passado e que tudo se realize em segurança”, disse Aldair Rocha. “São 1.100 homens da segurança pública e privada juntos. O modelo ideal para a segurança”, acrescentou o secretário.

O chefe da Guarda Civil de Mossoró, Osnildo Morais, comentou que os detectores de metal serão colocados em área isolada. “Todos os que quiserem entrar na Estação das Artes serão revistados”, afirmou.

Alexandre Mulatinho – Assessor de Comunicação

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  1. O secretário de Segurança do Governo Rosalba Ciarlini veio ontem a Mossoró dar uma demonstração de anacronismo e incompetência explícitos. Como na famigerada piada do sofá, em que o marido traído, em vez de separar-se da mulher adúltera manda queimar o sofá onde flagrou a cena da traição, vem o senhor secretário de segurança do Estado à terra da governadora, dizer que não se podem divulgar as mortes.

    Pelo menos o ITEP, cujo diretor quase caía, porque deixou a cidade saber que cem mossoroenses já perderam as vidas na boca do trabuco neste ano da (des)graça de 2011, desde que a filha da terra assumiu o comando do poder estadual. Só faltou dizer com a boca da insensatez: "pode matar, o que não pode é divulgar". Querer que cem mortes violentas em 157 dias, ou seja, um assassinato a cada 37 horas, fiquem sem divulgação, é, santa estupidez, "querer tapar o sol com uma peneira"... Já não basta esta outra piada da tal "Operação Sertão Seguro" que o governo Rosalba anuncia?

    Há dias vieram 40 policiais a Mossoró, uma "Tropa de Elite" que enquanto aqui esteve, se é que já foi, viu amiudarem os crimes. Quando chegaram à terra de Santa Luzia, a média era de um assassinato a cada 44 horas, hoje é a cada 37. Fala-se em "estado de guerra" em Mossoró. Não é bem isso. É mais grave. Também não tem nada de guerrilha, como alguns incautos estão dizendo na imprensa. As duas formas de confronto armado têm suas regras e suas lógicas. Tem lados, tem espaços definidos, onde os combates se dão, mesmo que a guerrilha seja mais surpreendente no explodir de enfrentamentos.

    O que Mossoró vive é a barbárie. A baderna armada, o bangue-bangue sem as regras dos duelos do Velho Oeste americano, onde havia um código de honra entre mocinhos e pistoleiros. Mossoró é, hoje, uma terra sem lei. Território de ninguém, onde a autoridade desertou, onde o poder virou vácuo e ao cidadão só resta esconder-se atrás das grades e dos cadeados do próprio lar/xadrez.

    Qualquer um encontra uma arma em qualquer lugar, por qualquer quantia, conseguida de qualquer jeito e mata qualquer um, a qualquer hora. É o caos... E o governo estadual nem... "cumo coisa". Olimpicamente age como se não tivesse nada a ver com a tragédia.

    É tudo muito grave. Dói ouvir na rádio: "Chuva de Balas no País de Mossoró começa a ser apresentado", findos os comerciais entram as notícias. "Mataram um cabeleireiro com três tiro... é o nonagésimo nono assassinato"; Poucas horas depois: "Chuva de Balas no País de Mossoró começa a ser apresentado": entra o noticiário: "Mataram um flanelinha. É o centésimo assassinato registrado no Itep de Mossoró".

    Já não se sabe onde se estabelece a fronteira entre a arte e a vida, entre o real e a fantasia... E a reação do secretário de segurança é mandar parar de divulgar. Como Castro Alves, só nos resta clamar: Deus, Ó Deus, onde estás que não me escutas?

    Dolorosamente ontem lembrei Dom Hélder Câmara, quando o Papa Paulo VI lhe perguntou como ele estava vendo a Igreja Católica?
    - Com preocupação, respondeu o arcebispo brasileiro.
    - Por quê? Perguntou o Papa.
    - Porque nunca mais mataram um Papa... Respondeu Dom Hélder.

    Fiquei a fazer a pergunta que já ouvi de várias pessoas em Mossoró. Será que só vão começar a se preocupar quando matarem um Rosado?

    Fonte: Jornal de Fato - Coluna Prosa & Verso

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