A Seleção Brasileira se despediu nesta terça-feira de um dos seus filhos
mais ilustres, que tem como sinônimos sucesso e superação. Ronaldo Luís
Nazário de Lima, o Fenômeno, fez contra a Romênia, em uma fria noite de
São Paulo, no estádio do Pacaembu, os seus últimos 15 minutos com a
camisa 9 do time canarinho. Não teve gol, mas houve muitos gritos e
aplausos para o craque que encantou o Brasil por 18 anos. E no adeus,
ele pediu desculpas, sorrindo espontaneamente, como sempre fez em toda
sua carreira.
- Gente, vocês são demais. Desculpem-me, eu tive três chances e não
consegui fazer um gol nos meus últimos quinze minutos, o que seria uma
pequena retribuição a tudo que vocês fizeram por mim. Meu muito obrigado
por tudo que vocês fizeram pela minha carreira, por me aceitarem do
jeito que sou, por terem chorado quando chorei, por terem sorrido quando
sorri. Só tenho a agradecer do fundo do meu coração. Muito obrigado e
até breve, dessa vez fora dos campos – discursou Ronaldo, em um púlpito
no centro do gramado.
No estádio do Pacaembu, acompanhando a despedida do Fenômeno, estavam
mais de 30 mil torcedores, incluindo seus filhos Ronald e Alex, que
entraram com ele em campo, suas filhas Maria Sophia e Maria Alice, que
ficaram com a mãe, Bia Anthony, e seus pais, Sônia e Nélio. Durante o
segundo tempo, o camisa 9 usou o Twitter para agradecer novamente o
carinho da torcida e mais uma vez pedir desculpas pelos gols perdidos na
despedida que terminou com vitória brasileira por 1 a 0.
Nem mesmo a forte chuva que atingiu São Paulo horas antes da partida
estragou a festa programada para Ronaldo. Antes do duelo, aliás, o
estádio respirou Fenômeno. No teste do som, a música de Marcelo D2 em
sua homenagem e as narrações de alguns dos seus gols por Galvão Bueno,
da Globo.
O Fenômeno participou de quatro Copas do Mundo. Como reserva em 1994,
nos Estados Unidos, e como principal estrela nas edições de 1998, na
França, 2002, na Coreia do Sul e no Japão, e 2006, na Alemanha. Embora
tenha sido bicampeão do mundo, somente na Ásia foi protagonista, sendo o
herói do penta.
Também com a amarelinha, Ronaldo atingiu um recorde invejado pela
maioria dos atacantes do mundo: o de maior artilheiro da história das
Copas do Mundo. Foram 15 gols em três edições, já que em 1994 ele não
jogou. Com a camisa 9, o atacante fez quatro em 1998, oito em 2002 e
três em 2006.
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