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A CARIPINA E A TRILHA DE ALECRINS.

"As formigas estão subindo a croa do rio, é sinal de mais chuva e que pode ter enchente", disse Ubiraci Pascoal, sócio da Fundação Tonhô Pascoal, voltando da cachoeira do Caripina, na região baixa de Felipe Guerra. A trilha, perfumada pelos alecrins que invadiram as encostas, é um portal que transporta o visitante para um mundo onde só o natural importa. Mas a Caripina é apenas uma fração de um passeio bucólico que começa ainda na Cidade Baixa, na região do brejo do município que já foi chamado de Pedra de Abelha.

Do Roncador até a comunidade de Rosário são mais quatro quilômetros deslizando sobre o massapê e a piçarra. Um caminho que só pode ser percorrido com sol alto, já que na chuva a lama impede o tráfego. A estrada que leva aos mananciais é difícil e requer atenção dos visitantes. A afloração da pedra calcária em toda a sua extensão é uma pintura abstrata, mas uma armadilha para os automóveis. "Não cisque o pneu", orienta Ubiraci. 

É próximo da comunidade de Fazenda Nova, a última parada para quem segue o trecho das águas de Felipe Guerra. O carro precisa ser deixado sob um enorme pé de cajarana, nascido ao pé da vereda que vai dar na Caripina. O cheiro de alecrim é predominante e até alivia o desafio de subir por uma vereda íngreme de mais de 200 metros, até a base da cachoeira. Do alto, avista-se o cânion do rio Apodi e da Pedra da Liberdade, no lajedo de Romana.

De longe se escuta o furor das águas arrastando a caatinga. No local, o calcário aflora numa formação cinza-escura, contrastando com o verde e o branco da espuma da correnteza. Maior e mais forte que a cachoeira do Roncador, a Caripina se divide em várias quedas, uma maior do que a outra. O banho neste ambiente é perigoso e requer muita segurança dos banhistas, principalmente quando a correnteza está muito forte.Jornal de Fato.

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