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SEM TERRAS LIGADOS AO MST OCUPAM ENTRADA DE FAZENDA EM SÃO PAULO DO POTENGI.

Quem passa pela estrada que liga os municípios de São Paulo do Potengi e São Tomé, na RN203, se depara com um amontoado de casebres feitos de lona preta e restos de faixas de eventos. Nessa localidade, distante da capital, há quase um mês 250 famílias ocupam uma área defronte à Fazenda Cachoeirinha, de propriedade dos herdeiros de Francisco Brito.

De longe já se avista a bandeira vermelha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) hasteada bem próxima da entrada da porteira que dá acesso a fazenda. Nas margens da rodovia, uma população formada por crianças, jovens e idosos tentam construir suas improvisadas moradias debaixo de um Sol escaldante. Algumas motos e carros são observados em frente dos barracos, o que leva a crer que não são apenas pobres agricultores que estão ali, mas outras pessoas da cidade, inclusive alguns proprietários de padarias e até de motéis, como foi sugerido por uma fonte que não quis se identificar na matéria.

É com base nessa informação que o fazendeiro Márcio Brito, um dos herdeiros de Francisco Brito, tenta resolver o caso de modo diferente. “Não sou contra a reforma agrária, mas deixar que as terras de nossa família, que tem 250 cabeças de gado, sejam ocupadas sem ordem e por homens que querem apenas lotear e vender aquilo tudo, isso eu não aceito”, desabafou Brito.

O Sistema Faern/Senar apóia a decisão do fazendeiro e afirma que esse assentamento é chefiado por alguém de fora. “A Faern/Senar não acredita que essas terras, se forem desapropriadas pelo Incra, serão trabalhadas por esses agricultores que estão na beira da estrada, mas sim pelos empresários locais que estão comandando o movimento de longe e usando esses pobres homens como bucha de canhão”, disse José Álvares Vieira, Presidente da Faern.

Eco Imprensa
Leonardo Sodré

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